Trabalhos 2017-18
Recolha de Sementes
Escola Básica de Perafita (MATOSINHOS)
Memória descritiva:
No âmbito da comemoração do Dia da Bolota, vinte e cinco alunos de sétimo e a sua diretora de turma, Susana Arouca, recolheram bolotas de carvalhos autóctones. Foi feita uma pesquisa sobre o carvalho e sobre a bolota.
Dessa pesquisa os alunos descobriram:
- que a bolota é o fruto dos carvalhos – Quercus. A parte superior chama-se cúpula que rodeia, parcialmente, uma única semente - um aquénio.
- a melhor época para a sua recolha é a partir de meados de Setembro até meados de Novembro, altura em que os carvalhos se encontram em plena produção de bolotas, as quais apresentam um tom acastanhado quando maduras.
- apenas se podem recolher bolotas maduras, mas que apresentam um aspeto saudável, com bom calibre e sem sinais de doença ou fungos. Bolotas demasiadamente escuras ou leves, quando comparadas com outras da mesma espécie, devem ser evitadas.
- podem ser recolhidas diretamente do chão. Não se deve separar o aquénio da cúpula, porque permite diferenciar a espécie.
Após a recolha, no laboratório de ciências identificaram-se as diferentes espécies de bolotas separando-se a cúpula do aquénio e dividiram-se em três grupos:
- Quercus suber (sobreiro)
- Quercus ilex (azinheira)
- Quercus pyrenaica (carvalho-negral)
Seguidamente foram escolhidas as boas sementes colocando-as num recipiente com água. Os alunos aprenderam que as boas bolotas são como os ovos… ficam no fundo. As que flutuam já não estão em condições. Selecionaram as que ficaram no fundo.
Voltaram a verificar eliminando aquelas que apresentavam buracos ou fungos.
Por último, e para haver certeza que as bolotas estavam boas (algumas poderiam estar infetadas com insetos que as utilizavam como alimento), colocou-se cerca de 2 horas em água a 42ºC com um termómetro. Reaqueceu-se sempre que a água baixava dos 42º e iniciou-se a contagem das 2 horas quando a água atingia novamente os 42ºC. Pela pesquisa efetuada os alunos perceberam que este procedimento também permitia uma germinação mais precoce.
As bolotas foram secas ligeiramente e colocadas em pacotinhos de leite usados.
No dia 10 de novembro realizaram-se as seguintes atividades:
- Semeou-se as bolotas em vasos (reutilizou-se pacotes de leite) de forma horizontal, sem a cúpula, com a extremidade mais aguda da bolota no centro do vaso a uma profundidade 1 a 2 vezes o seu comprimento.
- Distribuição de pacotinhos de leite com bolotas por escolas do primeiro ciclo para serem semeadas em vasos, para no ano seguinte terem pequenos carvalhos para plantar;
Em meados de fevereiro, algumas bolotas começaram a exibir o caulículo (parte aérea).
No dia 21 de março, alguns dos carvalhos foram retirados dos pacotes de leite e colocados num garrafão de plástico. Afunilou-se inferiormente e com uma abertura central no fundo. Assim, o excesso de água era sempre drenado. O uso do garrafão permitiu a reutilização de um resíduo. Este tipo de recipiente deixa passar a luz, podendo provocar um aquecimento adicional durante o verão, o que pode prejudicar as raízes. Assim, No verão deve ser colocado à sombra ou revestido com algum tipo de material opaco.
Um dos carvalhos de uma turma do 4ºano do primeiro ciclo foi transplantado para o jardim da escola sede.
Em junho, a turma reavaliou e concluiu que nem todas as bolotas que semearam germinaram. Pela pesquisa efetuada verificou-se que até meio de junho ainda podem germinar e que cada bolota germina ao seu ritmo. Concluíram que os carvalhos são plantas de crescimento lento.
Registo fotográfico: