Trabalhos 2017-18

Árvores da minha Escola

Escola Básica do Viso (Viseu) (Viseu)

Nome vulgar da espécie:
amieiro

Nome científico da espécie:
Alnus glutinosa

Origem:
Pode encontrar-se em grande parte da Europa, nomeadamente na Península Ibérica

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
É uma planta que forma simbiose com bactérias, nos nódulos das raízes, o que lhe permite fixar o azoto atmosférico. Pode assim, desenvolver-se em solos pobres em matéria orgânica e cria condições para o crescimento de outras espécies. No Baixo Vouga é usado para formar as sebes vivas da paisagem rural “Bocage”.

Nome vulgar da espécie:
azevinho

Nome científico da espécie:
Ilex aquifolium

Origem:
Nativa em quase toda a Europa, Norte de África e Sudoeste da Ásia. Aparece de forma espontânea em Portugal, especialmente no norte e centro.

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
É planta muito procurada por ocasião das festas do Natal, devido aos seus frutos vermelhos brilhantes, contrastando com a cor das folhas. Este costume popular tem a sua origem no paganismo pré-cristão da Europa, encontrando-se hoje espalhado a tal ponto que o azevinho corre o risco de extinção no nosso país, razão pela qual é proibida a sua colheita, transporte e comercialização em Portugal continental (Decreto lei nº 423/1989, de 4 de Dezembro).
Foi introduzida noutros continentes como América do Norte e Austrália, onde é, por vezes, considerada uma planta invasora.

Nome vulgar da espécie:
castanheiro

Nome científico da espécie:
Castanea sativa

Origem:
É oriunda dos Balcãs, Ásia menor e Cáucaso. Registos polínicos mostram que há cerca de 7000 anos já os castanheiros se encontravam presentes na flora do noroeste da Península Ibérica sendo, por isso, considerada uma espécie autóctone. Em Portugal surge no norte e centro, serras de Sintra e d’ Ossa. No Algarve encontra-se apenas na serra de Monchique.

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Em Portugal há alguns exemplares de castanheiros monumentais nos distritos de Bragança, Viseu e Guarda, cujos troncos têm circunferências com cerca de 10 metros e as copas conseguem abrigar várias dezenas de pessoas. Trata-se de castanheiros centenários que parecem querer cumprir o dito do povo que diz que "um castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer". Sob as suas copas surgem inúmeras plantas espontâneas, contribuindo grandemente para o aumento da biodiversidade. A presença do castanheiro está bem patente na toponímia de Portugal onde aparecem frequentemente designações como Souto, Castanheiro ou Castanhal. Só com a designação de Souto há mais de três centenas de locais.
Os gregos dedicavam os castanheiros a Zeus e foram eles quem criou o nome “Castanea”, o qual poderá ter tido origem numa cidade designada “Castonis”. Diz-se que a deusa Artemísia escapou a Zeus ao transformar-se num castanheiro escondido no meio da floresta e, em certas regiões da Itália, conta-se às crianças que os bebés “vêm das castanhas”.
As castanhas encontram-se muito ligadas à lenda de S. Martinho e foram durante séculos um alimento muito importante para peregrinos (peregrinação a Santiago de Compostela). Também por serem ricas em glícidos o seu amido foi muito utilizado para engomar têxteis. Conta-se ainda que os exércitos quer romanos quer gregos sobreviviam graças às suas reservas de castanhas.

Nome vulgar da espécie:
medronheiro

Nome científico da espécie:
Arbutus unedo

Origem:
É nativa da região mediterrânica e da Europa Ocidental. Em Portugal, pode ser encontrado por todo o país, com maior incidência nas serras do caldeirão e Monchique.

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
A madeira de medronheiro constitui um excelente combustível e, antigamente, fazia-se um carvão muito utilizado na fundição da prata. Na Grécia antiga era também usada no fabrico de instrumentos musicais como por exemplo flautas.
Os medronhos têm a fama de embriagar, uma vez que fermentam com facilidade se muito maduros.
Existe um quadro muito famoso denominado “Jardim das Delícias Terrenas” de Bosch que se encontra no museu do Prado. Esta obra representa o paraíso terreste e os medronhos são muito retratados.


Mapa / planta do espaço exterior do recinto escolar com a localização das árvores e arbustos inventariados: