Trabalhos 2017-18

Árvores da minha Escola

Instituto Español de Lisboa Giner de los Ríos (Oeiras)

Nome vulgar da espécie:
Folhado

Nome científico da espécie:
Viburnum tinus

Origem:
Península Ibérica

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Este arbusto de flores brancas e frutos azuis tem propriedades medicinais. As suas folhas contêm viburnina, um químico amargo, que depois de cozidas têm propriedades contra a febre.
Os frutos são purgantes e eram usados contra a prisão de ventre, mas a abundância de taninos fazem deles um remédio pouco seguro, pois estes podem provocar dores estomacais.
Há quem diga que a tintura de folhado contribui para o tratamento da depressão.

Nome vulgar da espécie:
Mato-branco

Nome científico da espécie:
Teucrium fruticans

Origem:
Península Ibérica

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
É usada como planta ornamental em parques e jardins.

Nome vulgar da espécie:
Buxo

Nome científico da espécie:
Buxus sempervirens

Origem:
Península Ibérica

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Crescia nas margens dos rios do norte da Península, mas por causa da invasão do seu habitat e da sua recoleção, ficou quase extinto em Portugal, exceto nos vales de alguns afluentes do Douro pela margem direita, como os rios Sabor e Tua. No rio Sabor, 75% do buxo português foi afetado gravemente pela construção da Barragem do Baixo Sabor, no final de 2014.
É uma das principais espécies para a arte da topiaria (arbustos podados de uma forma peculiar) e da marchetaria. Também é usada em jardinagem como coberturas, para produção de ferramentas manuais, como canivetes, e de instrumentos musicais, como a gaita galega ou gaita de foles. São famosas as peças de xadrez de madeira de buxo.
Teve grande uso como planta medicinal, mas por causa dos alcaloides que contém, é melhor abster-se da sua utilização medicinal, pois todos os seus órgãos são tóxicos.

Nome vulgar da espécie:
Oliveira

Nome científico da espécie:
Olea

Origem:
Países mediterráneos

Data em que foi plantada:
2009

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Há uma oliveira milenária em Santa Iria de Azóia (concelho de Loures), com 2.850 anos, mas a oliveira mas antiga de Portugal está na freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, datada em 3.350 anos.
A oliveira brava, o zambujeiro (O. europea var. sylvestris) é uma árvore ou arbusto amplamente distribuído pela Estremadura e pelo Algarve, sendo autóctone de toda a região mediterrânea e elemento caraterístico dela, mas a variedade cultivada foi introduzida na Península Ibérica pelos fenícios, no século XI a.C.
No topo da produção mundial de azeitona está Espanha, com 20 milhões de toneladas anuais. Portugal está no número 10, com uma produção 40 vezes menor. Também Espanha é o maior produtor mundial de azeite virgem.
Atualmente, em Portugal, o consumo de azeite supera a produção, o que obriga a sua importação, estando mais de metade da produção nacional no Alentejo.

Nome vulgar da espécie:
Loureiro

Nome científico da espécie:
Laurus nobilis

Origem:
Países mediterráneos

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Árvore mediterrânica, abundante na Estremadura e no norte de Portugal, encontra-se não muito longe do mar onde, às vezes, forma um louriçal.
Muito cultivado desde a antiguidade, devido aos seus usos medicinais e culinários.
A palavra bacharel vem do latim “baccalaureatus”, devido ao facto de estudantes que conseguiam esse nível receberem os louros, quer dizer, eram laureados, como os antigos gregos e romanos vencedores nos jogos desportivos ou nas batalhas eram honrados com uma coroa de folhas de loureiro.
No santuário de Delfos (Grécia) adivinhava-se o futuro com a dafnomancia (adivinhação através da queima de folhas de loureiro, que em grego se chamava Δάφνη “Dafne”), pelo qual também é conhecido como a árvore de Apolo, deus a quem era dedicado o santuário.

Nome vulgar da espécie:
Lódão

Nome científico da espécie:
Celtis australis

Origem:
Países mediterráneos

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
É nativo nos vales quentes do Tejo e do Douro, especialmente abundante em Trás-os-Montes.
É possível que se trate da árvore a que Heródoto (o pai da Geografia), Teofrasto (o pai da Botânica) e Dioscórides (autor de um famoso livro sobre plantas medicinais) chamavam de λωτός ou “lotos”. Na Odisseia, de Homero, Ulisses enviou homens à ilha dos lotófagos ou comedores de lotos, no norte da África.
Os frutos, comestíveis, são conhecidos como ginjinha-do-rei.
Tem usos medicinais devido à presença de tanino e mucilagem (nada a ver com o caráter narcótico do lotos), pelo que é utilizado como antidiarreico.
A madeira era usada no fabrico de alfaias agrícolas, no trabalho do torno e na construção de navios chamados fustas. As suas raízes eram utilizadas na produção de cachimbos. Hoje, a sua madeira é usada em carpintaria.
É muito cultivado como planta ornamental nas cidades por causa da sua tolerância à poluição.

Nome vulgar da espécie:
Freixo

Nome científico da espécie:
Fraxinus angustifolia

Origem:
Países mediterráneos

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
A subespécie angustifolia está bem representada em Portugal, mais abundante na metade norte, especialmente em bosques de ribeira.
Muito usada como planta ornamental nas ruas e avenidas.
A madeira é elástica e muito resistente, pelo que é muito utilizada em carretearia e fabricação de alças de ferramentas. Também é utilizada para construir guitarras.
O chá de folhas de freixo é diurético.
As folhas e galhos jovens utilizavam-se como pasto para o gado na época romana, como nos relata o botânico de Gades (sul da Espanha), Columela.

Nome vulgar da espécie:
Alfarrobeira

Nome científico da espécie:
Ceratonia siliqua

Origem:
Países mediterráneos

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Cresce nos solos básicos da Serra da Arrábida e no Algarve, sendo espontânea nos matagais mediterrânicos. Também é cultivada em pomares de sequeiro (alfarrobais). Segundo alguns, foi introduzida pelos árabes na Península Ibérica. Segundo outros, é, juntamente com a Olaia (Cercis siliquastrum), uma das duas espécies da subfamília Cesalpinoideae, indígenas da Europa.
O principal produtor mundial de alfarroba é Portugal. Com as vagens fabrica-se um sucedâneo do chocolate. A farinha de alfarroba é muito apreciada pelas suas qualidades dietéticas e como antidiarreica, especialmente em crianças.
O nome “ceratónia” deriva do grego, devido à forma da vagem, parecida a um corno. De “ceratos” também vem a palavra quilate para referir-se ao ouro, por causa das 24 sementes de alfarroba que pesavam como uma moeda de ouro.

Nome vulgar da espécie:
Cipreste

Nome científico da espécie:
Cupressus sempervirens

Origem:
Mediterráneo oriental

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Seu nome talvez venha da ilha grega de Creta, como o nome do metal cobre, onde era muito abundante. A sua área de distribuição está mal determinada pois os Romanos espalharam os ciprestes por toda a ribeira mediterránea, coincidendo a sua área com a do Imperio Romano.
Em Lisboa, encontra-se na Tapada das Necessidades, no Jardim das Francesinhas, no Jardim da Gulbenkian e nos jardins de Belem (no Jardim do Império, há o cipreste mais alto de Portugal, con 20 metros.
É muito citado na Biblia, onde diz-se que o famoso Templo de Salomão foi construido com madeira de cedro e de cipreste. Igualmente, acredita-se que a Arca de Noé e cruz de Jesus estavam feitas de madera desta árvore.

Nome vulgar da espécie:
Cedro-do-Buçaco

Nome científico da espécie:
Cupressus lusitanica

Origem:
México

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
a árvore foi importada pelos británicos no século XVII desde a Mata de Buçaco, onde uns frades espanhóis o plantaram en 1634, tras o ter importado de México, por acreditarem que a cruz de Jesús estaba feita de madeira de cipreste o de cedro. De aí vêm o segundo erro, desta vez no nome vulgar: nem é cedro nem é originario de Buçaco. Durante muito tempo persistiou mais um erro: o nome de “cedro-de-Goa” por acreditarem que tinha sido importado por frades portugueses desde Goa. O botánico británico Philip Miller foi quem en 1768 deu o nome científico de C. lusitánica.
Especimens desta árvore, como o monumental cipreste de 376 anos e 16 metros de altura, foram testemonhas da Batalha de Buçaco, durante a Guerra peninsular contra Napoleão.

Nome vulgar da espécie:
Loendro

Nome científico da espécie:
Nerium oleander

Origem:
Norte de África e Mediterráneo Oriental

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Naturalizado na Península Ibérica, hôje é plantado asiduamente nas autoestradas espanholas. Tem formosas flores cor-de-rosa o brancas.
O nome científico deriva do grego Nerion, que originou no latim Nerium, asociados a Nereo, deus do mar e pai das nereidas; oleander: do latim Olea, ‘oliveira’, pela similitude de suas folhas e de dendro,  árvore.
Anteriormente, na Itália, acreditava-se que manter qualquer parte desta planta em uma casa (ramos, flores, etc.) atraia todo o tipo de infortúnio para seus habitantes.
Venenosa para o homem e os animais, a ponto de alguns argumentam que o cheiro de suas flores causa dores de cabeça e desconforto. Conta-se que quando as tropas napoleónicas estavam na Península Ibérica, os seus cavalos foram intoxicados ao pastarem esta planta, que normalmente tem forma arbustiva, mas raramente tem forma de árvore.

Nome vulgar da espécie:
Figueira

Nome científico da espécie:
Ficus carica

Origem:
Asia Menor

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Foi uma das primeiras espécies em ser domesticadas e cultivadas: encontraram-se figos fossilizados com mais de 11.000 anos num poblado neolítico no Vale do Jordão, antes da domesticação dos cereais e das leguminosas.
No Génesis, Adão e Eva cubrem-se com folhas de figueira, tras ser sorprendidos por Deus, depois de desobedecer as suas ordens.
Na antiga Roma, era uma árvore sagrada, pois no mito fundacional da cidade, Rómulo e Remo foram amamantados pela loba Luperca sob uma figueira.
As figueiras bravas são polinizadas por uma espécie de vespa, mas os figos cultivados são, em geral, partenocárpicos (são produzidos em ausencia de fertilização).
São consumidos verdes ou secos.

Nome vulgar da espécie:
Figueira-benjamim

Nome científico da espécie:
Ficus benjamina

Origem:
Sul e suleste asiático a Australia

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Árvore oficial de Bangkok (Thailandia).
Descrita por Linneo en 1767.
Chega até aos 30 metros e as suas raízes levantam o chão, pelo que no é conveniente plantar em áreas residenciais.
Seu látex é fortemente alergénico.

Nome vulgar da espécie:
Pitósporo-da-China

Nome científico da espécie:
Pittosporum tobira

Origem:
Asia Oriental (China, Japão, Taiwan e Corea)

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Muito utilizada como ornamental, formando sebes en jardins, pela sua resistência à poluição urbana.
Pittosporum vem do grego πίττα (por πίσσα) 'resina' e σπόρος, 'semente', quer dizer, 'sementes colantes', pois as sementes estão embebidas numa sustancia resinosa-viscosa branquela.
Tobira é o nome da planta no Japão.
É conhecida também como pitósporo-do-Japão e como faia-da-Holanda.
Geralmente é un arbusto, mas pode fomar pequenas árvores de hasta 6 metros de altura.
O cheiro floral lembra-nos o das flores-de-laranjeira.

Nome vulgar da espécie:
Metrosídero

Nome científico da espécie:
Metrosideros excelsa

Origem:
Zonas costeiras da Nova Zelandia, onde há uma duzia de espécies de metrosíderos endémicas

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Árvore de grande porte (até 30 metros) usada extensamente como ornamental, pela abundancia e tamaño de seus estamens vermelhos.
O nome genérico deriva do grego “metra” ou médula e “sideron”, hierro.
O nome específico deriva do latim “excelsa”, o mais alto e sublime.
O nome maorí Pōhutukawa tem o lexema hutu que en língua polinésia alude a otra árvore de flores similares.
A sua madeira é muito densa e forte.
No seu hábitat natural estão ameazados pela introdução dum pequeño marsupial australiano, o cusu-de-orelhas-grandes.

Nome vulgar da espécie:
Limoeiro

Nome científico da espécie:
Citrus x limon

Origem:
Yunnan (China) ou Assam (India).

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Os cítricos cultivados foram criados, por sucesivas hibridações no sul de China. O limão é o resultado da hibridação da cidra (C. medica), originario do NE da India, que donou o pólem que fertilizou a flor de laranjeira-amarga (C. x aurantium). A laranjeira-amarga também é un híbrido duma árvore de tangerinas ancestrais, que donou o pólem, e uma árvore de toranjas ancestrais de Indonesia (C. maxima).
O nome vêm do  árabe, ليمون, laimún, do persa laimú o laimún.
O nome genérico vêm do latim cedrus, que procede do grego κέδρος (kédros), cedro, pela similtude do cheiro das folhas do limoeiro com o “fruto” do cedro.
Não foi cultivado na Península Ibérica até a invasão árabe.

Nome vulgar da espécie:
Ameixeira-de-jardim

Nome científico da espécie:
Prunus cersifera

Origem:
Asia Central e Mediterráneo Oriental.

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Os especimens bravos são arbustos ou árvores de até 12 metros de altura.
Dá ameixas avermelhadas doces ou ácidas mas boas para geleias.
 É usada frequentemente na gastronomia georgiana (Cáucaso), onde é conhecida com o nome tkemali, para temperar guisados ou sopas, e também para fazer um molho, com as ameixas verdes da primavera ou com as maduras vermelhas do outono.

Nome vulgar da espécie:
Macieira-brava

Nome científico da espécie:
Malus Sylvestris

Origem:
Europa Central

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Não é a antecesora principal da macieira cultivada (Malus pumila), pois esta procede nomeadamente duma macieira asiática (Malus sieversii). Pórem, recentes exames do ADN mostram que a macieira-brava tambèm contribuiou ao genoma das maçãs, chegando a ser predominante em muitos cultivares atuais.
Em Portugal só aparece no Minho e em Tras-os-Montes.

Nome vulgar da espécie:
Pimenteira-bastarda

Nome científico da espécie:
Schinus molle

Origem:
sul do Brasil (Rio Grande do Sul), Uruguay e NE de Argentina

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
É uma espécie potencialmente invasora, pois foi introduzida en África do Sul, one invadiu as savanas. Também invadiu grandes áreas de Australia y América do Norte.
Schinus é o nome latino do lentisco (Pistacia lentiscus). O nome específico foi dado pelo botánico francés Tournefort (pre-linneano), derivado duma palabra quechua.
Tem interesse culinário por as suas bagas, que lembram â pimenta. São chamadas Pinkpeppercorns em inglés e baies roses em francés, mas podem provocar alergias alimentárias, como a castanha-de-cajú, que é da mesma familia, indigestão, o inclusive toxicidade.

Nome vulgar da espécie:
Camélia

Nome científico da espécie:
Camellia sp.

Origem:
Asia Oriental

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
Inclui mais duma centena de espécies.
O nome foi dado por Linneo para honrar a Jiří Josef Camel, botánico e misionero jesuita do século XVII, nascido en Brno (como Mendel), em Moravia, na atual República Checa. Escreveu um libro sobre a flora filipina.
A camelia japonesa é utilizada muito em jardinería, en quanto a chinesa produz as folhas de chá.

Nome vulgar da espécie:
Loureiro-da-Nova-Zelândia

Nome científico da espécie:
Corynocarpus laevigatus

Origem:
Nova Zelandia

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
é un endemismo de Nova Zelandia, onde se chama karaka, lexema que faz parte da palabra maorí que designa a cor-de-laranja,pela cor de seus frutos, que são amargos mas comestivéis. Pórem, as suas sementes são altamente tóxicas, por conter karakina, um alcaloide venenoso.
É invasora en Havai.

Nome vulgar da espécie:
Espinheiro-da-Virgínia

Nome científico da espécie:
Gleditsia triacanthos

Origem:
Suleste dos Estados Unidos, no rio Misisipi

Descreva uma curiosidade sobre a mesma:
É invasora em Argentina e Uruguay. Introduzida no século XVII na Europa, onde se aclimatou perfeitamente à Península Ibérica.
É utilizada en sebes pelas espinhas do tronco, mas como as espinhas podem ser perigosas, especialmente para as crianças, últimamente os jardineiros preferm plantar a variedade inerme, sin espinhas.
Com a robinia y a Sophora japónica, é uma das tres falsas acacias plantadas nas avenidas das muitas cidades.
É uma das pocas plantas leguminosas que não consigue afixar o azoto atmosférico.


Mapa / planta do espaço exterior do recinto escolar com a localização das árvores e arbustos inventariados: