Sobreiro
Quercus suber L.

Família | Fagaceae

Características

Caducidade | folha persistente
Altura | até 25m, normalmente de 10 a 15m
Longevidade | mais de 500 anos, em exploração cerca de 150 a 200 anos
Floração | abril e maio
Maturação dos frutos | setembro a janeiro

 

Fotografias

Descrição da Árvore:

Copa | larga e arredondada de formato irregular.

Tronco |  grosso e largo. A sua casca é castanha, flexível e muito resistente ao fogo.

Folhas | pequenas e simples, de cor verde-escuro na página superior e acinzentada na página inferior. As folhas têm entre 2,5 e 10cm de comprimento e as suas margens são serradas.

Flores | as flores masculinas dispostas em cachos de 5 a 6cm. As femininas aparecem isoladas ou em pequenos grupos.

Frutos | bolotas secas e cilíndricas entre 2 e 4,5cm de comprimento e cor castanho-amarelado. Estas bolotas são revestidas por uma cúpula que parece um carapuço.

Habitat e ecologia: montados, bosques em clima mediterrânico, tendendo a rarear em solos derivados de calcários. Ocorre desde os 0 até aos 1200m podendo chegar aos 1500m. Espécie de luz. Necessita de uma média de precipitação anual superior a 400mm, mas os melhores bosques dão-se entre 600 e 1000mm por ano. Precisa de humidade ambiental. Temperaturas desejáveis no inverno superiores a 0ºC e no verão superiores 18ºC.

 

Utilização

Extração de cortiça. A principal finalidade da cortiça é a produção de rolhas mas também pode ser usada no fabrico de isolantes térmicos, tecidos de cortiça, isolamento sonoro, indústria aeronáutica, automobilística e aeroespacial.

As bolotas são importantes para alimentar as varas de porcos. O sabor é menos doce do que a da azinheira, mas como a sua maturação é mais difusa, torna-se uma importante fonte de alimento durante um período de tempo mais prolongado.

A madeira é de cor parda ou avermelhada, muito dura, pesada e resistente sendo usada para fabricar ferramentas em carpintaria e construção naval, mas mais importante ainda para lenha e carvão.

Curiosidades

Esta árvore da família dos carvalhos, fazia parte da vegetação natural da Península Ibérica, sendo espontâneo em muitos locais de Portugal e Espanha, onde constituía, antes da ação do Homem, frondosas florestas em associação com outras espécies, nomeadamente do género Quercus.

O sobreiro é uma arvore extremamente bem adaptada ao clima mediterrânico: tem raízes profundas para captar água em profundidade, folhas com cutícula para impedir o excesso de transpiração, perdendo assim menos água pela superfície e uma casca espessa e esponjosa que a protege dos incêndios.

Devido à cortiça, o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos. No século V a.C. já há uma referência da cortiça como vedante (ânforas gregas tapadas com tampas de cortiça). Nos séculos XVII e XVIII vulgariza-se o uso de rolhas de cortiça para tapar garrafas de vidro.

A estrutura celular dos seres vivos foi descoberta através da observação da cortiça pelo naturalista inglês R. Hooke, em 1667.

Em 21 de dezembro de 2011 a Assembleia da República aprovou um projeto de resolução que declarou o sobreiro como “árvore nacional”.

Distribuição Geográfica

Distribuição geográfica natural:
Região mediterrânica ocidental.
Em Portugal ocorre em quase todo o continente, sendo mais abundante a sul do rio Tejo.

Conteúdos: Patrícia Tiago | BioDiversity4All
Fotografias cedidas por: Sociedade Portuguesa de Botânica, Inês Teixeira do Rosário e Wikimedia Commons.