Salgueiro-branco
Salix alba L. subsp. alba
Família | Salicaceae
Características
Caducidade | folha caduca
Altura | até 25m
Longevidade | raramente ultrapassam os 100 anos
Floração | março a maio
Maturação dos frutos | março a maio
Fotografias
Descrição da Árvore:
Copa | árvore de copa alargada, algo irregular.
Tronco | com profundas fendas longitudinais nos indivíduos mais velhos, ramos longos e flexíveis com pequenos ramos pendentes.
Folhas | simples, alternas, linear-lanceoladas regularmente serradas de ápice agudo, pelo menos 5 vezes mais compridas do que largas, cerca de 10 x 1-2,5 cm,quando adultas de aspeto acetinado e uniformemente cobertas por pêlos e brilhantes, pecíolo curto.
Flores | flores agrupadas em amentos de 2-4 x 0,5cm que abrolham em simultâneo com as folhas; brácteas concolores; flores masculinas com 2 estames de filetes livres e pilosos e 2 nectários, as flores femininas de ovário séssil, glabro e com 1 só nectário.
Habitat e ecologia | margens de cursos de água; particularmente abundante no troço final de grandes rios em águas ricas em nutrientes. Ocorre até aos 1900m. Espécie de luz, indiferente ao pH do solo. Necessita de humidade permanente no solo e não resiste a temperaturas extremas. Tolera bastante bem a exposição marítima e a poluição urbana. Tem um crescimento rápido e possui um sistema radicular agressivo, que pode danificar canalizações. É uma importante fonte de alimento para muitas espécies de borboletas e também para as abelhas, fornecendo uma fonte de néctar e pólen cedo no ano. Existem mais de 200 espécies de insetos associados ao salgueiro-branco.
Utilização
Usada como ornamental e na retenção de margens de ribeiras, devido às suas fortes raízes. A sua madeira permite fabricar fósforos, palitos e estruturas de telhados. Os seus ramos jovens utilizam-se em cestaria.
Da sua casca obtém-se a salicina, origem do ácido acetil-salicílico (aspirina).
Os salgueiros-brancos são de crescimento rápido, mas de vida curta, sendo suscetíveis a várias doenças provocadas por bactérias e fungos.
Curiosidades
Os salgueiros-brancos são de crescimento rápido, mas de vida curta, sendo suscetíveis a várias doenças provocadas por bactérias e fungos.
Hipócrates escreveu no século V a.C. sobre um pó amargo extraído da casca do salgueiro que poderia aliviar dores e reduzir febres. Este remédio é também mencionado em textos do Antigo Egito e Suméria. Os índios nativos americanos usavam-na para combater a dor de cabeça, febre, dores musculares, reumatismo e calafrios. O reverendo Edward Stone, um padre inglês, relatou em 1763 que a casca do salgueiro reduzia a febre. O extrato ativo da casca, chamado salicina, devido ao seu nome latim, foi isolado em sua forma cristalina em 1828 por Henri Leroux, um farmacêutico francês. Raffaele Piria, um químico italiano, conseguiu isolar o ácido no seu estado puro. A salicina, ou aspirina, é um derivado químico do ácido salicílico.
Distribuição Geográfica
Distribuição geográfica natural:
Centro e sul da Europa, oeste da Ásia e norte de África.
Em Portugal, em quase todo o continente, à exceção dos planaltos beirões e transmontanos e da bacia do Guadiana.