Pinheiro-manso
Pinus pinea L.

Família | Pinaceae

Características

Caducidade | folha persistente
Altura | até 30m
Longevidade | em média 250 anos
Floração | março a maio
Maturação dos frutos | amadurecem depois de três verões e o pinhão cai no outono do terceiro ano ou na primavera do quarto

Fotografias

Descrição da Árvore:

Copa | robusta com um formato abobado, que faz lembrar um guarda-sol.

Tronco | muito alto e direito. A casca é castanho-acinzentada, e vai soltando placas, deixando marcas vermelho-alaranjadas.

Folhas | em formato de agulhas de cor verde-escura com 10 a 20cm de comprimento, rijas e finas, agrupadas aos pares.

Flores | muito pequenas, parecendo pinhas em miniatura, muito alinhadas e encaixadas nos extremos mais jovens dos ramos. As flores masculinas têm a cor amarela e as femininas verdes.

Frutos | pinhas solitárias com formato oval, de cor verde quando são novas, tornando-se castanhas com a maturação. Estas pinhas são revestidas por escamas que protegem as sementes (pinhão).

Habitat e ecologia | Ocorre de preferência sobre solos profundos e arenosos de regiões quentes e sem geada, embora tenha sido cultivado por quase todo o país. Prospera até aos 1000m. Espécie de luz ou meia-luz. Necessita de precipitações anuais médias superiores a 250mm, normalmente entre os 400 e os 800mm. Temperaturas suportáveis entre os -10 e os 40ºC. Tolera a seca assim que está bem estabelecida. As secreções das folhas inibem a germinação de sementes, reduzindo a quantidade de plantas que crescem debaixo da árvore.

Utilização

Desta árvore é extraída a resina e a sua madeira é muito dura, difícil de trabalhar, mas muito impermeável. Os troncos produzem boas vigas muito utilizadas na construção e em caminhos de ferro, bem como na indústria naval.

A produção de pinhões constitui, nalgumas zonas, um importante fator de rendimento económico. O pinhão pode ser consumido diretamente ou utilizado em culinária.

É uma árvore muito apreciada como ornamental apresentando uma densa sombra. A casca foi explorada durante muitos anos para a extração de taninos utilizados na indústria de couros. Tem uma importante utilização na proteção de solos arenosos como seja na fixação de dunas.

Curiosidades

As Naus que dobraram o Cabo da Boa Esperança foram construídas com pinheiros-mansos de Alcácer do Sal.

O lince-ibérico está muito associado ao ecossistema do pinheiro-manso o que é bem patente na toponímia da península de Setúbal, onde existem diversos exemplos desta presença, como a Herdade do Gato Pedral.

Distribuição Geográfica

Distribuição geográfica natural:
Sul da Europa e oeste da Ásia.
Em Portugal, ocorre possivelmente de forma espontânea com grande viço sobretudo na bacia do Sado, mas também pode ser avistada no litoral centro, algarve, em algumas regiões do interior alentejano e das beiras e dispersos no norte.
Conteúdos: Patrícia Tiago | BioDiversity4All
Fotografias cedidas por: Sociedade Portuguesa de Botânica, Joaquim Rolhas e Wikimedia Commons.